Qual será o presente que uma criança recebe que permanecerá por várias gerações, na essência deste adulto que virá a ser, e que poderá ser reproduzido com seus filhos, netos e bisnetos?
Dia das crianças não é necessariamente dia dos pequenos receberem presentes.
Alguns pais percebem que esta é uma data comercial e optam, não somente nesta, mas em outros eventos não presentear as crianças.
Outros combinam com seus filhos quais datas os presentearão. Isto ocorre independentemente das questões financeiras e sociais que esta família está inserida.
Possivelmente estes genitores dão mais ênfase ao brincar, do que ao ato de presentear, quando se
trata de ensinar valores aos seus filhos.
O ato de brincar para uma criança é de fundamental importância para o seu desenvolvimento físico,
psíquico e social. Aqui estou excluindo as áreas de lidar com jogos no computador ou permanecer
longos períodos em frente a televisão.
Lembrando que quando a criança está conectada ao computador, ou a televisão, está desconectada
com o ambiente e as pessoas ao seu redor.
Na maioria das vezes, os melhores presentes para uma criança são os mais simples, e os que a
criança possa explorá-lo. Portanto não há necessidade de uma imensa brinquedoteca para uma
criança.
O exagero de brinquedos pode fazer com que a criança não os examine em todas as suas melhores
oportunidades, para dar vazão as suas fantasias e áreas criativas.
Os pais que presenteiam em excesso seus filhos, muitas vezes utilizam a frase: “darei aos meus
filhos, o que os meus pais não puderam me dar na infância”.
Mas essa frase pode ser como uma faca de dois gumes. Um desses gumes é que esses pais,
erroneamente, entenderam que faltou presentes para se sentirem melhores emocionalmente na sua
infância.
O segundo gume, é que afeto não tem a ver com dinheiro, mas sim com presença. A presença
significa estar brincando com os filhos e participando das fantasias da criança, dividindo abraços,
risos e momentos de leveza.
É através desta relação genuína que ocorre o presente do adulto para com a criança, e vice versa.
Esse presente que é a relação entre pais e filhos, quando fixado emocionalmente, ganha valor mental
que poderá ser utilizado transgeracionalmente e poderá ser vivenciado por filhos, pais, avós e
bisavós.
Diferentemente de um presente comprado, que por melhor qualidade que tenha será finito, a
relação quando vivenciada ganha valor infinito.
A psicoterapia de orientação de pais, propõe instrumentação
psíquica para a melhor compreensão na relação pais e filhos.
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