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  • Silvana Rocca

Conversando sobre a Comemoração do Dia das Crianças

Qual será o presente que uma criança recebe que permanecerá por várias gerações, na essência deste adulto que virá a ser, e que poderá ser reproduzido com seus filhos, netos e bisnetos?


Dia das crianças não é necessariamente dia dos pequenos receberem presentes.


Alguns pais percebem que esta é uma data comercial e optam, não somente nesta, mas em outros eventos não presentear as crianças.


Outros combinam com seus filhos quais datas os presentearão. Isto ocorre independentemente das questões financeiras e sociais que esta família está inserida.


Possivelmente estes genitores dão mais ênfase ao brincar, do que ao ato de presentear, quando se

trata de ensinar valores aos seus filhos.


O ato de brincar para uma criança é de fundamental importância para o seu desenvolvimento físico,

psíquico e social. Aqui estou excluindo as áreas de lidar com jogos no computador ou permanecer

longos períodos em frente a televisão.


Lembrando que quando a criança está conectada ao computador, ou a televisão, está desconectada

com o ambiente e as pessoas ao seu redor.


Na maioria das vezes, os melhores presentes para uma criança são os mais simples, e os que a

criança possa explorá-lo. Portanto não há necessidade de uma imensa brinquedoteca para uma

criança.


O exagero de brinquedos pode fazer com que a criança não os examine em todas as suas melhores

oportunidades, para dar vazão as suas fantasias e áreas criativas.


Os pais que presenteiam em excesso seus filhos, muitas vezes utilizam a frase: “darei aos meus

filhos, o que os meus pais não puderam me dar na infância”.


Mas essa frase pode ser como uma faca de dois gumes. Um desses gumes é que esses pais,

erroneamente, entenderam que faltou presentes para se sentirem melhores emocionalmente na sua

infância.


O segundo gume, é que afeto não tem a ver com dinheiro, mas sim com presença. A presença

significa estar brincando com os filhos e participando das fantasias da criança, dividindo abraços,

risos e momentos de leveza.


É através desta relação genuína que ocorre o presente do adulto para com a criança, e vice versa.


Esse presente que é a relação entre pais e filhos, quando fixado emocionalmente, ganha valor mental

que poderá ser utilizado transgeracionalmente e poderá ser vivenciado por filhos, pais, avós e

bisavós.


Diferentemente de um presente comprado, que por melhor qualidade que tenha será finito, a

relação quando vivenciada ganha valor infinito.



A psicoterapia de orientação de pais, propõe instrumentação

psíquica para a melhor compreensão na relação pais e filhos.

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