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  • Silvana Rocca

Conversando sobre o dia dos pais e algumas costuras emocionais

Neste texto, vamos conversar sobre pais que por questões emocionais, tratada ou não, falharam no relacionamento com seus filhos em algumas, em poucas ou inúmeras situações. Também conversaremos sobre as costuras emocionais nas relações entre pais e filhos.


As falhas sempre ocorrerão na relação dos pais com os filhos, e consequentemente os filhos falharão com seus filhos, e em alguns casos, essas falhas farão com que os filhos cresçam e amadureçam.


O que chamo de falha, é a ausência do atendimento psíquico de um pai para com o filho, por não compreender a sua demanda emocional.


Um pai só pode corresponder a tais demandas se tiver um arcabouço psíquico capacitado para esta compreensão, e independentemente desta formação mais ou menos robusta, falhas ocorrerão.


Essa estrutura emocional, que é o arcabouço mental, é delineada de acordo com o ambiente familiar, social, questões intrapsíquicas, as pré disposições genéticas e as experiências vivenciadas desde a infância onde esta criança foi inserida.


Pais com transtornos emocionais não tratados, como: depressão, dependência química, bipolaridade, ansiedade, entre outras alterações psíquicas, podem conduzir com desarmonia a paternidade.


Isto ocorre não exatamente por serem maus pais, mas por não tratarem a doença emocional, o que faz com que a agressividade, a passividade ou a falta de normatividade, entre outras questões, estejam presentes nesta relação que carece de equilíbrio.


As marcas que fazem parte dessas relações são muitas vezes dolorosas, porque, na maioria das vezes, nem os pais nem os filhos compreendem que existe um transtorno não tratado, que pode causar um abismo nesta relação.


Neste abismo podem ser introduzidos conceitos morais como: o pai é ruim, egoísta, desequilibrado, sem vergonha na cara e outras questões que mexem com a integridade do ser humano.


Muitas vezes, um pai segue anos doente sem que ele ou os filhos tenham a compreensão que existe uma doença não tratada, limitando a vida e as relações dos pais, dos filhos ou de ambos.


A psicoterapia, tanto para pais, quanto para os filhos, propõe auxiliar nas costuras emocionais das falhas psíquicas ocorridas na relação entre eles. Essas confecções permearão as relações futuras de seus pais, filhos, netos, bisnetos e assim por diante.


Esse cerzimento emocional, por avanços na arte da costura psíquica, faz com que um simples tecido possa nos abrigar no frio ou no calor e não nos deixar indefesos diante das intempéries do tempo emocional.

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