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Silvana Rocca

Conversando com os Pais “de Primeira Viagem”


Surge um novo papel na vida do homem: o de pai. E após, todos os encantamentos vividos com o bebê... onde fica o papel de esposo?


Após o nascimento do filho, e durante um bom tempo, os períodos de lazer e de prazer que eram vivenciados a dois diminuem em muito. E o afastamento afetivo do casal pode estar iniciando.


É comum o desentendimento do casal, quando o companheiro não auxilia nas tarefas que não sejam atribuídas ao papel de mãe. E também, quando não consegue acolher emocionalmente a esposa, que muitas vezes se sente fragilizada e estafada nesta nova atribuição: a de mãe.


A esposa passa a ter “olhos” somente para o bebê, pois é alguém que nesse momento necessita de toda a sua atenção para sobreviver.


Por alguns meses, o papel de esposo fica relegado as necessidades de atendimento ao bebê, um ser totalmente frágil, dependente física e emocionalmente da mãe. E é perceptível que a companheira deixa o seu papel de esposa em segundo plano para exercitar o seu papel de mãe.


O desejo sexual da mulher pode estar diminuído, em função de agora ter um olhar para o seu corpo como parte de sobrevivência do filho. O seio antes área erógena, agora chama-se peito e serve para a alimentação do nenê.


Emocionalmente, pode ser confuso este entendimento do corpo, que até então não tinha a função de sobrevivência de um outro ser.


As estrias, a elasticidade da pele, o aumento de peso e as questões hormonais, não contribuem muitas vezes para a mulher se sentir desejada.


Por ser uma viagem nova e inédita, as emoções vivenciadas podem ser turbulentas para pais e mães de primeira viagem.


Se é difícil para uma mãe compreender as mudanças emocionais e físicas que vivencia, imagina então, o quão mais difícil pode ser para o companheiro.


Os maridos, com dificuldades de compreender a relação de afastamento conjugal, com todo o processo emocional que está ocorrendo nesta nova relação de mãe e filho, podem começar a sentirem-se pouco amados ou rejeitados. Tanto quanto as esposas.


O diálogo ajuda muito, quando conseguem esclarecer alguns sentimentos difíceis que ambos estão vivenciando, e perceberem nesta conversa que não há culpados. Pois, conscientemente ou não, parece que, se expuserem seus sentimentos, poderão estar culpando o filho por esta nova situação de vida.


Vamos lembrar que este casal optou por ter um filho, e por mais entendimento que pudessem ter de que a vida a dois mudaria, não haviam vivido esta experiência para saber, nem quanto e nem como, essa mudança os afetaria.


É importante o casal ter muita paciência neste momento com o casamento. Estas vivências podem significar o início de um processo de amadurecimento emocional da família.


Quando se esgotam a possibilidade de diálogo entre os conjugues, a psicoterapia de casal pode se fazer presente nesta relação, auxiliando no entendimento dos sentimentos e nos movimentos de mudança que ocorrem durante o casamento.



A psicoterapia de orientação, auxilia na melhor compreensão da relação entre pais e filhos,

lida com transformações na estrutura da mente,

avalia o significado das emoções e oportuniza situações de mudanças.

É um processo único e um investimento pessoal, que traz

retorno em qualidade de vida e bem-estar.



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