“Como um paninho malcheiroso, pode ser carinhosamente chamado de cheirinho”?
Esse que se arrasta pela casa, que também pode ser um bichinho de pelúcia, mas que não pode ser lavado enquanto estiver junto das crianças de dois, três e até quatro anos ou mais.
Crianças, estão num processo contínuo de amadurecimento físico e emocional e em direção a maior independência.
A grosso modo, as crianças quando nascem estão muito “coladas” as mães.
Delas dependem de tudo, ou de quase tudo para sobreviver e compreender o mundo emocional ao seu redor, e também suas reações sentimentais diante deste.
Digamos que as mães funcionam como uma tradutora sentimental do que as crianças vivenciam.
Cada vez que as crianças entendem melhor o mundo mental, necessitarão menos de traduções e mais separadas estarão de suas mães.
Em algum momento dos dois aos quatro anos ou um pouco mais, o amadurecimento emocional da criança fica mais intenso, assim como o processo de separação.
Então, é aí que entra o cheirinho.
Este é uma forma de personificar a mãe, que a maior parte do tempo vivenciou com a criança todas as etapas de separações (exemplos: do aleitamento para os alimentos sólidos, das fraldas para o uso do banheiro do engatinhar para o andar) trazendo o conforto, entendimento e o afeto necessário para ultrapassar as barreiras para novos desafios.
Mas, de uma hora para outra esse cheirinho é abandonado num canto e perde todo o seu encanto.
O que houve com um objeto que representou tanta importância?
As crianças conseguem se sentir mais seguras longe da mãe e conseguem colocar o que representa essa mãe dentro de seu mundo emocional, e mais seguras rumam para novos desafios.
O processo psicoterapêutico, lida com transformações na estrutura da mente,
avalia o significado das emoções e oportuniza situações de mudanças.
É um processo único e um investimento pessoal, que traz
retorno em qualidade de vida e bem-estar.
Comments