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Conversando com as Mães “de Primeira Viagem”

Silvana Rocca

Depois de um longo planejamento e já curtida as fases iniciais de um casamento, vem o desejo de ter um filho, e também, se não houve o casamento, ou não ouve o planejamento, o fato é: o primeiro filho está a caminho.


A notícia pode ter sido vivenciada como uma grande alegria, ou nem tanta por não ter sido um bom momento financeiro, emocional ou de saúde, na relação vivenciada entre o casal.


E veja só! A estória emocional do seu filho já começou e ele já sabe de tudo isso! Ou seja, de todas as condições que circundaram a sua vinda ao mundo.


E a “sentimento de culpa” das mães já começa a rondá-las, e entre alegria, tristezas e inúmeras emoções e ações hormonais, a gestação segue.


E chega a hora do parto, com mais ou menos cursos ou informações, vem os medos... e são vários, desde a melhor forma do bebê nascer saudável, até a forma mais saudável para a mãe estar bem para cuidá-lo.


Aí vem a amamentação, ter leite suficiente e a criança sugar o suficiente entre o peito que doí e o mamilo que racha. E as vezes a vontade de parar um processo doloroso, que seguido ou não adiante, pode entrar na contabilidade de sentimentos de culpas...


Na maioria das vezes, o sentimento de culpa vivenciada pelas mães está relacionado com conceitos errôneos, criados socialmente sobre o que é ser uma boa mãe.


Já viram algumas crianças sugarem o dedo até a mãe vir amamentá-las, isto é a criatividade do bebê trabalhando a seu favor, e mentalmente compreendendo que a sua mãe não pode estar presente no momento anterior, e assim “perdoando-a pela sua falha” de não poder amamenta-lo no momento desejado.


Uma boa mãe falha com o seu filho. Esta falha é importante para ambos. O filho pode criativamente encontrar caminhos para lidar com a frustração e o medo, entre outros sentimentos, assim como a mãe que o observa e o vê saudável pode se sentir “perdoada”.


Mães muito interessadas em suprir todas as necessidades de um filho, para não se sentirem culpadas, podem estar num caminho de aumento de sentimentos de culpas, pois não é possível lidar com todas as faltas do filho.


Quando as mães não dão oportunidade para vivenciarem as falhas, correm o risco de não reconhecerem emocionalmente seu filho, pois não conseguem perceber através de expressões criativas e genuínas do bebê, parte de sua identidade.


Ter um filho representa emocionalmente certa continuidade dos pais, pois eles carregam um tanto biológico e emocional deles, embora isto não os tornem iguais, melhores ou piores que seus genitores.


São seres como cada um de nós, que tem uma individualidade única, e é isto que torna o ser humano tão especial.


A psicoterapia de orientação, auxilia na melhor compreensão da relação entre pais e filhos,

lida com transformações na estrutura da mente,

avalia o significado das emoções e oportuniza situações de mudanças.

É um processo único e um investimento pessoal, que traz

retorno em qualidade de vida e bem-estar.



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