
Os pronomes: meu e meus, na gramática da língua portuguesa, são denominados pronomes possessivos da primeira pessoa do singular e do plural. É interessante, que quando falamos de racismo, há uma diferença do uso dos pronomes possessivos na segunda e terceira pessoa, o objeto de possessão muda de figura, e a “coisa fica branca”.
Quando uma pessoa se refere carinhosamente ao marido, amigo ou filhos, ela diz, meu preto, meus neguinhos. Mas quando o tom é de raiva e ofensa, logo vem: suas ou tuas negas e seus ou teus negos.
A maioria das pessoas brancas, que não se declaram racistas, são.
Estou falando do racismo sutil, que forma uma estrutura na mente de brancos e que aos poucos vem num crescente deixando marcas nas crianças, nos jovens e nos adultos negros.
Vou relatar alguns dados de 2019 do PNAD (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio):
O analfabetismo entre pretos ou pardos é quase o triplo do que entre brancos. Pretos ou pardos com mais de 60 anos, a taxa é de 27.1%. Para o mesmo grupo entre os brancos é de 9.5%.
Estudos pedagógicos indica que a prática da educação infantil ligadas ao racismo estrutural, tem influência sobre o desempenho de crianças negras.
Segundo o portal Brasil de Direitos, racismo estrutural é a “naturalização de ações, hábitos, situações, falas e pensamentos da vida cotidiana e do povo brasileiro, e que promovem, direta ou indiretamente, a segregação ou preconceito racial”.
Segue algumas frases para te lembrar do seu racismo.
‘’ A coisa tá preta”. “Serviço de preto”. “Cabelo ruim”. “Samba do crioulo doido”. “Inveja branca”. “Amanhã é dia de branco”. “É negro, mas tem alma de branco “.
Desnaturalizar o racismo é contribuir com atitudes antirracistas. Aumentar a discussão nas escolas, mídias e redes sociais, é uma forma para que a ignorância que muitos se encontram, traga maior transparência a minoria da população, pois no Brasil 56% da população se declara parda ou negra.
“Devemos aprender a viver juntos como irmãos ou perecer juntos como os tolos”.
Martin Luther King
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