A Lei de Coulomb, que trata da atração magnética entre dois corpos eletricamente carregados, propõe que as forças serão atrativas se os corpos tiverem cargas opostas, e será repulsiva se eles possuírem a mesma carga. Mas, será que essa lei da física se aplica aos relacionamentos conjugais?
É difícil aplicar esta lei da física aos relacionamentos conjugais pois, o convívio a dois com muitas diferenças nas afinidades tendem a não ser harmoniosos.
Mas o que são relacionamentos harmoniosos?
Podemos comparar um relacionamento a dois, a uma sinfonia.
Em uma orquestra quando o maestro conduz os instrumentos, podem ocorrer imperfeições em algumas notas musicais e ainda assim ser uma boa sinfonia. Pois, as falhas instrumentais não foram maiores que os alinhamentos ocorridos.
Para haver um relacionamento é necessário ocorrer diferenças, no pensar, agir, nas formas de lidar com as emoções.
Tal qual cada instrumento em uma orquestra produz uma sonoridade diferente, os seres humanos tem suas orquestras emocionais. Esses sons em contato com o outro poderão se afinar ou desafinar em alguns momentos, ou em muitos.
Porém, quando as afinidades, ou seja, as notas musicais, são muito opostas perde-se como em uma sinfonia o ponto da harmonia e na maioria das vezes quando isto ocorre, o casal está fadado a conviver somente com ruídos e barulhos constantes, incômodos e desarmônicos.
Outra questão que pode ocorrer num relacionamento onde existe demandas opostas, é o anulamento de personalidade de um dos cônjuges.
Em alguns casos para esse relacionamento seguir adiante, um dos companheiros acaba se anulando diante do que as vezes é chamado de ele(a) ter um “gênio forte”.
Se por um lado, esse anulamento evita brigas e discussões, por outro lado, pode ocorrer um rebaixamento de quem se é, da personalidade, ou seja, do jeito genuíno de ser da pessoa, o que pode gerar um sentimento de menos valia.
Esta inferiorização acontece quando um dos companheiros se coloca em segundo plano no relacionamento, para evitar brigas e desentendimentos. E assim, quando anulada parte de uma personalidade com o passar do tempo pode-se desenvolver sintomas de tristeza ou depressão.
Na psicoterapia de casal há possibilidade de serem avaliadas
as questões psíquicas envolvidas na relação conjugal e agregar
valores as vivencias emocionais de forma menos conflitantes.
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