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Conversando sobre Separação Conjugal

Silvana Rocca

É comum a abordagem deste tema tomar os rumos das partilhas financeiras, da visita dos filhos e da legalidade envolvida numa separação conjugal. Mas, previamente a este termino de união, precisamos conversar sobre as separações mentais, vivenciadas na vida a dois.


Então, apenas observe: abra o armário, olhe cada roupa, cada par de sapato, e perceba que alguns são diferentes do que você gostaria que o outro usasse.


E se as roupas de vocês estiverem misturadas, separe. Mas, neste momento, não as coloque numa mala.


Olha para cada playlist, e se as suas músicas preferidas estiverem misturadas com a do outro e não combinarem os estilos, separe. Mas, não delete.


Separe os cremes e perfumes, os quais você gosta e outros nem tanto. Mas, não jogue fora.


E assim, vá separando e observando mentalmente as diferenças entre você e o outro.


Muitas vezes é preciso se separar mentalmente do outro, para conviver com as diferenças, sem perder de vista quem você é, e quem o outro é.


Mas, não qualifique essa diferença como ser pior ou melhor que o outro.


Porque a gente é diferente, quando sente!


As vezes é preciso paciência. Mas não a paciência de um para com o outro, a paciência é para consigo.


Essa paciência envolve tolerar as diferenças e perceber se ainda assim, o respeito e a admiração pelo outro permanecem na relação.


Mas para chegar a isto, é preciso vivenciar muitas separações dentro do mesmo casamento.


Então, não corram o risco de fazer as malas e sair de casa, sem esgotar todas as separações mentais que um casamento exige.


E se conseguirem fazer as malas juntos, que seja para viverem a experiência desta grande aventura de construção, que é o casamento.


A psicoterapia de casal, auxilia na compreensão do momento vivenciado

na relação a dois e proporciona a reflexão sobre os rumos de uma união.


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